Insastifação
Postado por
Maria Sá Carneiro
em quarta-feira, 9 de abril de 2008
...
É mesmo isso que vou sentindo em todos, por todo o lado. Parece ser uma doença, que se vai apoderando de todos, vai-nos comendo.
Vai cada dia ganhando terreno, espaço, para estender os seus tentáculos, apoderar-se da nossa alma, do nosso coração.
Vivemos a época do teclado, "teclas mesmo de onde", é do "hi5 que te conheço"?
Bem, eu não sou grande exemplo, como tal sinto-me à vontade para criticar, estarei mesmo a fazer,de certa maneira, uma auto-análise, uma reflexão, ou, mesmo quem sabe a ralhar comigo.
Também a lareira acesa, a música quente que toca, afasta-me dos livros, que deveria estar a ler e a estudar, arrasta-me para este teclado que dá forma ao meu pensamento, aos meus sentimentos, aos meus medos, enfim respiro ao fim de mais um dia de trabalho, onde tento desesperadamente contratar empregados, num país em pouca gente quer trabalhar.
Parece que nada chega, nada arranca a esta gente um sorriso, uma emoção forte, uma vontade de dar um abraço. Tudo é pouco, tudo é nada.
Estamos a ficar menos gente, menos humanos, cada vez mais somos agressivos. Buzinamos se o carro da frente não arranca logo que o semáforo muda. Disputamos os lugares de estacionamento como se deles dependesse a nossa vida.
Justificamos tudo com a famosa falta de tempo, quando o que realmente acho e sinto, é que perdemos a coragem para sermos nós próprios, para amarmos o próximo.
Falta-nos encantamento, paixão e amor. Pela natureza, pelo próximo, vivemos na era das modas, que vão e vêem como as ondas do mar.
Parece que o mais importante é a marca do carro, a marca da roupa, e a nossa identidade fica na fronteira de que marca?
Maria Sá Carneiro
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Estados de alma
Vai cada dia ganhando terreno, espaço, para estender os seus tentáculos, apoderar-se da nossa alma, do nosso coração.
Vivemos a época do teclado, "teclas mesmo de onde", é do "hi5 que te conheço"?
Bem, eu não sou grande exemplo, como tal sinto-me à vontade para criticar, estarei mesmo a fazer,de certa maneira, uma auto-análise, uma reflexão, ou, mesmo quem sabe a ralhar comigo.
Também a lareira acesa, a música quente que toca, afasta-me dos livros, que deveria estar a ler e a estudar, arrasta-me para este teclado que dá forma ao meu pensamento, aos meus sentimentos, aos meus medos, enfim respiro ao fim de mais um dia de trabalho, onde tento desesperadamente contratar empregados, num país em pouca gente quer trabalhar.
Parece que nada chega, nada arranca a esta gente um sorriso, uma emoção forte, uma vontade de dar um abraço. Tudo é pouco, tudo é nada.
Estamos a ficar menos gente, menos humanos, cada vez mais somos agressivos. Buzinamos se o carro da frente não arranca logo que o semáforo muda. Disputamos os lugares de estacionamento como se deles dependesse a nossa vida.
Justificamos tudo com a famosa falta de tempo, quando o que realmente acho e sinto, é que perdemos a coragem para sermos nós próprios, para amarmos o próximo.
Falta-nos encantamento, paixão e amor. Pela natureza, pelo próximo, vivemos na era das modas, que vão e vêem como as ondas do mar.
Parece que o mais importante é a marca do carro, a marca da roupa, e a nossa identidade fica na fronteira de que marca?
Maria Sá Carneiro
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