"Doces e madurinhas... Quem compra bananas? Elas são madurinhas e boas, bananas de Lisboa."
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Na visita oficial relâmpago que José Sócrates acabou de efectuar a Angola, país considerado como “um parceiro comercial da maior importância”, para além de brindar o Governo Angolano com o “alargamento para 500 milhões de euros da linha de crédito da COSEC, […] a criação de uma linha de crédito à ajuda, no valor de 100 milhões de euros, da Caixa Geral de Depósitos, e de uma outra de crédito da banca, de 500 milhões de euros”, através do Fundo da Língua Portuguesa, aprovado na passada 4ª feira com capital inicial de 30 milhões de euros, enviará 600 professores para Angola até 2010.
Trata-se duma estratégia de cooperação entre dois países tão ligados historicamente, mas a meu ver, uma estratégia educacional que expede professores sem colocação ou excedentários de tantas escolas encerradas em Portugal, e uma estratégia financeira com um país que supre 91,7% das importações portuguesas aos PALOP, na sua maioria petróleo, e que planeia aumentar a sua produção deste combustível exportando-a para a BP entre outras petrolíferas, sem que em Portugal se tenha resolvido a tão deseja descida dos preços de combustíveis.
José Sócrates disse na sua intervenção no debate sobre o Estado da Nação que “a acção do Governo tem, como orientações fundamentais, o impulso reformista, a disciplina orçamental, a aposta na economia, na qualificação e no emprego, e o desenvolvimento das políticas sociais”, nesta senda, se quer recredibilizar a sua imagem, é esperável que esta visita oficial traga outros frutos para Portugal que não seja a mera venda de bananas nesta república.
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