Hermitage: a bazófia portuguesa custou 1,5 milhões de euros
Postado por
Curiosa Qb
em sábado, 19 de julho de 2008
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Diz-se que “o que é nacional é bom”, no entanto o património cultural português vai sofrendo descuidos continuados das respectivas tutelas em que “o modelo de gestão dos museus incentiva a indigência”, acentuado pelo corte de verbas orçamental, levando por vezes ao acesso vedado de alas aos visitantes, quando não ao encerramento do próprio museu, por falta de funcionários.
A tão almejada vinda para Portugal dum pólo do Hermitage (presentemente impensável para Mikhail Piotrovski, o seu director ) consumiu ao erário público, na exposição-teste, 1,5 milhões de euros. Num acordo inicial sem previsão de custos, a justificação desta odisseia assentou no objectivo de colocar Portugal na rota internacional da cultura, contudo, este propósito somente vingará pelo brio nacional, a angariação de turistas somente singrará pela projecção do que Portugal tem de seu para apresentar e não pelas "importações" exorbitantes.
Não subvalorizo a importância do espólio do Hermitage, todavia considero que o legado português é-lhe superior, sendo nele que as politicas culturais se devem centrar e não na "galinha da vizinha". Esta lógica elementar parece escapar ao entendimento dos governantes nacionais, aos quais devolvo uma frase de Rafael Bordalo Pinheiro: “rir, rir sem descanso, de boca escancarada até mostrar o cavername, de todos os mil grotescos que por aí fervilham como formigas num açucareiro”.
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A tão almejada vinda para Portugal dum pólo do Hermitage (presentemente impensável para Mikhail Piotrovski, o seu director ) consumiu ao erário público, na exposição-teste, 1,5 milhões de euros. Num acordo inicial sem previsão de custos, a justificação desta odisseia assentou no objectivo de colocar Portugal na rota internacional da cultura, contudo, este propósito somente vingará pelo brio nacional, a angariação de turistas somente singrará pela projecção do que Portugal tem de seu para apresentar e não pelas "importações" exorbitantes.
Não subvalorizo a importância do espólio do Hermitage, todavia considero que o legado português é-lhe superior, sendo nele que as politicas culturais se devem centrar e não na "galinha da vizinha". Esta lógica elementar parece escapar ao entendimento dos governantes nacionais, aos quais devolvo uma frase de Rafael Bordalo Pinheiro: “rir, rir sem descanso, de boca escancarada até mostrar o cavername, de todos os mil grotescos que por aí fervilham como formigas num açucareiro”.
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Nota: post emendado às 00:22 de 20/07/2008
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