Cartão laranja
Postado por
Curiosa Qb
em segunda-feira, 7 de julho de 2008
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José Raúl dos Santos, deputado do PSD, é mais uma figura da burlesca política nacional, adepto das teorias da cabala.
Dos tempos em que foi presidente da Câmara Municipal de Ourique (das autarquias mais endividadas do país), deixou um rasto de contas por justificar, que engloba despesas de representação consideradas ilegais e “oferendas pessoais” que não inventariou, sendo que as contas desta autarquia já têm a atenção do Ministério Público e do Ministério da Administração Interna.
Em Dezembro passado embateu na traseira dum veículo na zona do Príncipe Real em Lisboa, mas chamadas as autoridades pelo outro automobilista, recusou-se a efectuar o teste de alcoolemia alegando imunidade parlamentar e zarpou no seu carro do local. Apesar do Ministério Público o acusar de desobediência às autoridades e fuga de local de crime, José Raúl dos Santos conseguiu a suspensão do processo em que era arguido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa em troca de serviço comunitário nos Bombeiros Voluntários de Ourique (13 horas por semana, 50 horas no total).
José Raúl dos Santos descreve-se como um «cidadão comum a cumprir um dever cívico», mas se assim fosse nunca teria puxado dos seus galões de deputado e teria obedecido às autoridades, cumpriria a "pena" num local em que não tenha sido presidente da Assembleia-Geral e dava bons exemplos enquanto representante do povo.
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Dos tempos em que foi presidente da Câmara Municipal de Ourique (das autarquias mais endividadas do país), deixou um rasto de contas por justificar, que engloba despesas de representação consideradas ilegais e “oferendas pessoais” que não inventariou, sendo que as contas desta autarquia já têm a atenção do Ministério Público e do Ministério da Administração Interna.
Em Dezembro passado embateu na traseira dum veículo na zona do Príncipe Real em Lisboa, mas chamadas as autoridades pelo outro automobilista, recusou-se a efectuar o teste de alcoolemia alegando imunidade parlamentar e zarpou no seu carro do local. Apesar do Ministério Público o acusar de desobediência às autoridades e fuga de local de crime, José Raúl dos Santos conseguiu a suspensão do processo em que era arguido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa em troca de serviço comunitário nos Bombeiros Voluntários de Ourique (13 horas por semana, 50 horas no total).
José Raúl dos Santos descreve-se como um «cidadão comum a cumprir um dever cívico», mas se assim fosse nunca teria puxado dos seus galões de deputado e teria obedecido às autoridades, cumpriria a "pena" num local em que não tenha sido presidente da Assembleia-Geral e dava bons exemplos enquanto representante do povo.
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A imunidade parlamentar, como descrita no artigo 157.º da Constituição, dá um jeitão aos deputados, mas não os escusa do cometimento de crimes por "menos graves" que sejam. Maior jeitão, para deputados e não só, é o novo CPP e ter um advogado que se mexa bem nos meandros da lei, tornando as penas “pão com manteiga”.
Em Portugal grassa a demagogia e a permissividade, num rol de penas suspensas e serviços cívicos para quem se mexe nas altas esferas nacionais, conferindo uma sensação de impunidade. Enquanto for permitido que se fareje bem demais os escapes legislativos e judiciais, dizer-se que a justiça é cega não é mais do que atirar areia para os olhos dos reais comuns cidadãos.
Em Portugal grassa a demagogia e a permissividade, num rol de penas suspensas e serviços cívicos para quem se mexe nas altas esferas nacionais, conferindo uma sensação de impunidade. Enquanto for permitido que se fareje bem demais os escapes legislativos e judiciais, dizer-se que a justiça é cega não é mais do que atirar areia para os olhos dos reais comuns cidadãos.
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