CONTO (I) - Não te posso ter...
Postado por
Anónimo
em terça-feira, 12 de agosto de 2008
...
Olhei-te, com infinita ternura, à transparência das vidraças da alma e emudeci rendida. A voz, fortemente embargada pela comoção… Foi surpreendente a forma, como me tocaste. Absolutamente indescritível e arrebatadora!
Levaste-me muito para além de mim e de todos os limites… Por ti desobedeci e transgredi, ultrapassei regras e convenções, superei, até, as fronteiras físicas do meu corpo.
Permaneço, agora, a planar entre o Céu e a Terra, algures no meio de coisa alguma, na proximidade do lugar onde pressinto que estejas, de sorriso franco e braços abertos, para me receber.
E subitamente, como num simples passe de mágica, tudo em volta, se transforma. Os dias, habitualmente baços, ganham a cor e o brilho únicos dos instantes de felicidade. Os rostos anónimos e sempre fechados dos transeuntes tornam-se expressivos e afáveis. Os detalhes mais insignificantes, aqueles a que vulgarmente não se presta atenção, tornam-se distintos e imbuídos de assombro. E até a própria vida, que antes se perfilava monótona e pardacenta, parece despertar de um feitiço, agitando-se e fervilhando de paixão, numa sucessão de momentos inenarráveis e sublimes.
O simples reflexo da tua existência aconchega-me o espírito. Pacifica-me. Traz-me energia positiva. Sacia-me a sede e a fome. Concilia-me comigo mesma e com a natureza humilde das coisas.
Sem o saberes, és o meu refúgio secreto. Noite e dia. Minuto a minuto. Desde que acordo até que adormeço. Estás no mais breve sopro do ar que respiro. Em cada pequeno fio urdido na complexa teia dos meus pensamentos. Na distância dos sentidos. Na ausência dos abraços… Os nossos dias dourados! Dias de encontro, de dádiva, de entrega. Dias de eternizar Espírito e matéria. Os nossos dois mundos, inconcebivelmente tão díspares mas liminarmente tão próximos!
Sem o saberes, és a força anímica de todas as horas, no duro confronto que faço com a realidade. O porto de abrigo das minhas emoções. O local recôndito e sagrado onde ancoro, em silêncio, para retemperar as forças, agradecer a Deus e buscar um novo alento.
Sem o saberes, és o mais belo e precioso presente com que a vida me brindou, desde que te conheci!
Sem o saberes, lentamente, entregaste-me a tua emoção e com ela coloriste o meu mundo com as tuas cores quentes... Trouxeste contigo o calor do teu amor.
AMO-TE, mas não te posso ter...
Levaste-me muito para além de mim e de todos os limites… Por ti desobedeci e transgredi, ultrapassei regras e convenções, superei, até, as fronteiras físicas do meu corpo.
Permaneço, agora, a planar entre o Céu e a Terra, algures no meio de coisa alguma, na proximidade do lugar onde pressinto que estejas, de sorriso franco e braços abertos, para me receber.
E subitamente, como num simples passe de mágica, tudo em volta, se transforma. Os dias, habitualmente baços, ganham a cor e o brilho únicos dos instantes de felicidade. Os rostos anónimos e sempre fechados dos transeuntes tornam-se expressivos e afáveis. Os detalhes mais insignificantes, aqueles a que vulgarmente não se presta atenção, tornam-se distintos e imbuídos de assombro. E até a própria vida, que antes se perfilava monótona e pardacenta, parece despertar de um feitiço, agitando-se e fervilhando de paixão, numa sucessão de momentos inenarráveis e sublimes.
O simples reflexo da tua existência aconchega-me o espírito. Pacifica-me. Traz-me energia positiva. Sacia-me a sede e a fome. Concilia-me comigo mesma e com a natureza humilde das coisas.
Sem o saberes, és o meu refúgio secreto. Noite e dia. Minuto a minuto. Desde que acordo até que adormeço. Estás no mais breve sopro do ar que respiro. Em cada pequeno fio urdido na complexa teia dos meus pensamentos. Na distância dos sentidos. Na ausência dos abraços… Os nossos dias dourados! Dias de encontro, de dádiva, de entrega. Dias de eternizar Espírito e matéria. Os nossos dois mundos, inconcebivelmente tão díspares mas liminarmente tão próximos!
Sem o saberes, és a força anímica de todas as horas, no duro confronto que faço com a realidade. O porto de abrigo das minhas emoções. O local recôndito e sagrado onde ancoro, em silêncio, para retemperar as forças, agradecer a Deus e buscar um novo alento.
Sem o saberes, és o mais belo e precioso presente com que a vida me brindou, desde que te conheci!
Sem o saberes, lentamente, entregaste-me a tua emoção e com ela coloriste o meu mundo com as tuas cores quentes... Trouxeste contigo o calor do teu amor.
AMO-TE, mas não te posso ter...
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