O desespero
Postado por
Maria Sá Carneiro
em domingo, 10 de agosto de 2008
...
O desespero
É uma onda que te invade sem pedir licença, é algo superior a ti. Uma angústia que aparece, timidamente, que entra na tua alma, deita-se contigo. Devagar, devagarinho, vai-te fazendo cócegas no coração, vai-te sussurrando palavras tristes ao ouvido, como se fosse um mosquito.
Tentas afastar, empurrar…Até que o cansaço se apodera de ti, vais-te deixando levar, deixas de resistir.
Aquilo que começou por ser um incómodo, passa a ser uma dor. Uma ténue angústia transforma-se num medo do escuro, as cócegas passam a picadas na alma, queres que o dia amanheça rápido, que o sol apareça, que aquela noite acabe, antes que o desespero acabe contigo.
Tudo aquilo que elaboraste como um plano infalível para venceres os teus problemas durante o dia, desmorona-se!
Como é que ias mesmo fazer? Parecia tão fácil, tão simples de resolver, serás que estás a ter um pesadelo? Ou era um sonho durante o dia?
Acaba noite, some-te…Não quero sofrer mais, não quero chorar mais, prometi que tudo ia ser diferente. Tantos planos infalíveis, vida nova, não era?
Não quero esta vida de sofrimento, não tenho ninguém para partilhar esta dor, este desânimo. Vai-te noite e leva contigo este pesadelo.
Vem dia, embrulha-me na tua luz, aquece-me a alma, tira-me deste filme mau, quero paz, esperança, algo que me faça acreditar, que não sou assim tão má e triste que mereça sofrer assim, sem sequer conseguir explicar à minha almofada que carrego desde criança, a razão de a apertar com tanta força!
Finalmente oiço o despertador, tão cega de dor e cansaço nem me apercebi da luz do sol, fraca, embrulhada em nuvens cinzentas, mas dia…
Levanto-me para mais um dia de luta de mim contra mim, tento recompor-me, manter a imagem tonta, que construí de mim, que apenas me empurra mais para o abismo…
Mais um dia, e o desejo que a noite venha longe.
É uma onda que te invade sem pedir licença, é algo superior a ti. Uma angústia que aparece, timidamente, que entra na tua alma, deita-se contigo. Devagar, devagarinho, vai-te fazendo cócegas no coração, vai-te sussurrando palavras tristes ao ouvido, como se fosse um mosquito.
Tentas afastar, empurrar…Até que o cansaço se apodera de ti, vais-te deixando levar, deixas de resistir.
Aquilo que começou por ser um incómodo, passa a ser uma dor. Uma ténue angústia transforma-se num medo do escuro, as cócegas passam a picadas na alma, queres que o dia amanheça rápido, que o sol apareça, que aquela noite acabe, antes que o desespero acabe contigo.
Tudo aquilo que elaboraste como um plano infalível para venceres os teus problemas durante o dia, desmorona-se!
Como é que ias mesmo fazer? Parecia tão fácil, tão simples de resolver, serás que estás a ter um pesadelo? Ou era um sonho durante o dia?
Acaba noite, some-te…Não quero sofrer mais, não quero chorar mais, prometi que tudo ia ser diferente. Tantos planos infalíveis, vida nova, não era?
Não quero esta vida de sofrimento, não tenho ninguém para partilhar esta dor, este desânimo. Vai-te noite e leva contigo este pesadelo.
Vem dia, embrulha-me na tua luz, aquece-me a alma, tira-me deste filme mau, quero paz, esperança, algo que me faça acreditar, que não sou assim tão má e triste que mereça sofrer assim, sem sequer conseguir explicar à minha almofada que carrego desde criança, a razão de a apertar com tanta força!
Finalmente oiço o despertador, tão cega de dor e cansaço nem me apercebi da luz do sol, fraca, embrulhada em nuvens cinzentas, mas dia…
Levanto-me para mais um dia de luta de mim contra mim, tento recompor-me, manter a imagem tonta, que construí de mim, que apenas me empurra mais para o abismo…
Mais um dia, e o desejo que a noite venha longe.
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