Vendilhão de Magalhães
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Desde o início que o e-escolhinhas e o afamado Magalhães cheiram a esturro, e parece - pela notícia avançada hoje pelo Diário de Notícias - que ainda há muitas pontas soltas neste engodo. O bolo deste portátil não é para as crianças, mas sim para as empresas que lhe estão associadas que entre protocolos estatais engordam os seus lucros.
Do objectivo (des)governamental de entregar 500.000 computadores até ao final do presente ano lectivo, apenas foram entregues 35.000 (resta saber se aqui estão incluídos os que tiveram que ser devolvidos após a foto da praxe) dos 230.000 pedidos.
Do objectivo (des)governamental de entregar 500.000 computadores até ao final do presente ano lectivo, apenas foram entregues 35.000 (resta saber se aqui estão incluídos os que tiveram que ser devolvidos após a foto da praxe) dos 230.000 pedidos.
Creio que o ditado de “com papas e bolos, se enganam os tolos” pode explicar o porquê das inscrições ficarem muito aquém das expectativas. Não pretendo depreciar seja quem for, mas se atentarmos que os miúdos estão muitas vezes mais inteirados nestas coisas das novas tecnologias que os seus pais, de certo que preferem computadores com mais capacidade e contratos de internet (“50 euros pelo modem e 250 por cada ligação” ??? não me digam que são de platina) bem mais baratos e com aqueles requisitos de consumo e velocidade que tanto lhes dá jeito, e não o obsoleto caracol do Magalhães.
Tendo em conta que a maioria dos municípios disponibiliza acesso gratuito à internet - por exemplo em escolas, bibliotecas, espaços jovens, projectos específicos, entre outros -, e que o grosso dos mesmos está endividado e dependente do Estado, esta proposta das autarquias arcarem com os custos do acesso à internet do dito "projecto educativo" é no mínimo estapafúrdia, reforçando o quão péssima é esta legislatura.
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