TALVEZ SEJA TARDE DEMAIS (Conto)
Postado por
Anónimo
em quarta-feira, 1 de abril de 2009
...
Foi um acaso que fez com que te encontrasse e os nossos caminhos se cruzassem... Um olhar cruzado num segundo e aquela música, no ar, bastaram para que eu estremecesse. Senti-me presa!
Contigo as gargalhadas soavam mais divertidas e sonoras, tinham uma vida diferente, e os meus sorrisos eram feitos de mil cores.
As tuas palavras tocaram-me cá dentro, bem no fundo, e eram todas feitas de ti, davas-me, a cada instante, pedacinhos da tua essência. Recolhia-os e confortavam-me, faziam-me ganhar confiança, trouxeram-me a esperança de ter encontrado realmente alguém... Alguém muito especial, único e genuíno, como tu és!
Entregaste-me o teu olhar, a tua confiança, o teu abraço, o teu gostar de uma maneira especial e que, de tão especial, passei a trazer no coração como único.
Foste capaz de coisas que mais ninguém ousou alguma vez dizer-me ou fazer-me sentir.
Comecei a amar-te, guardando-te dentro de mim.
Fiquei atordoada naquele misto de sentimentos, já quase esquecidos e, ao mesmo tempo, sem jeito... Surgiu o medo de te perder, apoderou-se de mim, e eu não fui capaz de ver o que era óbvio: deixei-me vencer pelas inseguranças, pelo sentimento de posse, por questões e situações... e até pelo ciúme, confesso.
E por ser assim, estar a viver num sonho, atrapalhei-me, confundi tudo e só consegui magoar-te mais e mais... sobretudo a ti!!
Magoei-te. Muito. Magoei-te tanto que sinto que não encontraste, ainda, dentro de ti, espaço suficiente para me perdoares, para acalmar a tua e a minha dor. Sim, porque me vai doer sempre o facto de te ter magoado tanto!
Pedi-te, muitas vezes, calma quando quem precisava dela era eu. Pedi-te tantas vezes perdão! Pedi-te tempo!
Devia ter tido consciência de que apesar de dizeres sempre que estava tudo bem, nada podia estar bem... e eu não consegui ver os sinais do abismo que se ia instalando entre nós!
E tu foste-te remetendo ao silêncio, para poderes sofrer sozinho...
E eu com o meu egoísmo nunca percebi isso... Meu Deus, o quanto fui estúpida !!!As tuas palavras tocaram-me cá dentro, bem no fundo, e eram todas feitas de ti, davas-me, a cada instante, pedacinhos da tua essência. Recolhia-os e confortavam-me, faziam-me ganhar confiança, trouxeram-me a esperança de ter encontrado realmente alguém... Alguém muito especial, único e genuíno, como tu és!
Entregaste-me o teu olhar, a tua confiança, o teu abraço, o teu gostar de uma maneira especial e que, de tão especial, passei a trazer no coração como único.
Foste capaz de coisas que mais ninguém ousou alguma vez dizer-me ou fazer-me sentir.
Comecei a amar-te, guardando-te dentro de mim.
Fiquei atordoada naquele misto de sentimentos, já quase esquecidos e, ao mesmo tempo, sem jeito... Surgiu o medo de te perder, apoderou-se de mim, e eu não fui capaz de ver o que era óbvio: deixei-me vencer pelas inseguranças, pelo sentimento de posse, por questões e situações... e até pelo ciúme, confesso.
E por ser assim, estar a viver num sonho, atrapalhei-me, confundi tudo e só consegui magoar-te mais e mais... sobretudo a ti!!
Magoei-te. Muito. Magoei-te tanto que sinto que não encontraste, ainda, dentro de ti, espaço suficiente para me perdoares, para acalmar a tua e a minha dor. Sim, porque me vai doer sempre o facto de te ter magoado tanto!
Pedi-te, muitas vezes, calma quando quem precisava dela era eu. Pedi-te tantas vezes perdão! Pedi-te tempo!
Devia ter tido consciência de que apesar de dizeres sempre que estava tudo bem, nada podia estar bem... e eu não consegui ver os sinais do abismo que se ia instalando entre nós!
E tu foste-te remetendo ao silêncio, para poderes sofrer sozinho...
Gastei palavras, entre soluços e lágrimas... Gastei-as por não saber o que dizia e grito, hoje, entre as minhas quatro paredes, a dor que sinto por te ter feito sofrer assim...
Agora, custa-me aceitar não ter sido capaz de te fazer feliz... a ti que dizias ter encontrado, em mim, o teu porto seguro, a tua felicidade, a tua coesão e plenitude!
Meu Deus, o quanto te desiludi!!
Nada mais posso dizer ou pedir, apenas sei que, no fundo, tens medo de mim, das minhas reacções, contrárias aos meus actos.
Foi um olhar e um desejo que fez cruzar os nossos caminhos...
Senti em ti essa força que dizes não ter e tens, a emoção com que vives as coisas mais simples, e esse coração tão grande que possuis... Sim, acredita em mim pelo menos uma vez... Foi tudo isto que vi em ti e me fez admirar-te, nos aproximou e me fez amar-te tanto!
Só que aquele “segundo” e o brilho daquele olhar perderam-se, já não os tenho nem encontro em ti.
Restará agora, para ambos, apenas a sua recordação, a recordação de todos os bons momentos que passamos juntos.
Creio que agora já não é possível voltar atrás, mas viverás para sempre em mim!
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