Com holofote, “a luta é uma alegria”
Postado por
Curiosa Qb
em terça-feira, 8 de março de 2011
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Este texto, é reposta minha a um comentário deixado em “Presidir ou não presidir?”, aqui publicado.
Por incrível que pareça, reforma, propriamente dita, não prevejo que aconteça.
Durante uns (largos?) anos, agi civicamente, crente na utopia, que um dia o sistema poderia mudar. Pois bem, por mais que soe a desistência (que não o é) ou conformismo (idem), a minha experiência de luta (se assim poderá adjectivar) trouxe-me tamanhas desilusões. O sistema mudaria, se as pessoas que o constituem mudassem, e a bem da verdade, as pessoas não mudam, adaptam-se.
Poderia referir inúmeros alegados (cruzes credo aos processos judiciais) exemplos, desde os patrocínios ocultos para militância partidária, ao adiar uma acção para um momento mais conveniente (leia-se “15 minutos de fama”), ao básico “calar” por ser socialmente/profissionalmente/politicamente correcto.
“A luta é uma alegria”, mas muitos aderem à espera de dividendos ou para expurgar fantasmas. Outros tantos, à primeira oportunidade vendem-se por 30 dinheiros. Ah e tal… os direitos… a cidadania… a denúncia… a união… a oposição… o associativismo… a pró-actividade… a fraternidade… O raio que os parta! Cambada de parasitas! – as minhas desculpas às excepções, claro está que existem.
Pessoalmente, continuo a ter os mesmos valores e costumes, agindo em conformidade com a minha maneira de ser. Mas “ajuntamentos”? Hum… não me parece. Estou numa de S. Tomé, ver para crer.
P.S.: na primeira frase, utilizei a palavra "reposta" no sentido de réplica, e não de "resposta" com gralha.
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