Flexibilização e mobilidade a la Simplex
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Em Portugal, o XVII Governo Constitucional, fez da reforma da Administração Pública palavra de ordem na redução de despesas.
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A reorganização concluiu-se em Fevereiro, sem que os últimos dois anos não fossem de rebuliço nacional com novos regimes de avaliação, progressões, mobilidades, quadros excedentários e outras coisas tais, mas o Estado continua sem despedimentos. Porreiro pá!
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Mas porreio, porreiro, é a flexibilização e mobilidade a la Simplex, que é como quem diz: quanto mais simples, melhor.
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Como funciona o "a la Simplex" na administração pública?
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Para explicar a simplicidade do embrulho, nada melhor que um caso prático:
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click na imagem para ampliarMaria de Lurdes Teixeira Gonçalves, tendo lá os seus motivos, pediu para para ser dispensada do cargo de secretária do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, ao seu superior, esse mesmo, o Secretário. Ele, João Titterington Gomes Cravinho, não recusou tal pedido e exonerou-a.
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Entretanto a Maria é nomeada pelo João, para prestar apoio técnico nas diversas áreas de intervenção no seu (dele) Gabinete, no âmbito das suas (dela) qualificações académicas.
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Simplexmente, no mesmo dia, a Maria deixa de ser secretária, assim ela o pediu, e é nomeada apoiante interventiva (???), passando a receber 2 300€ mensais + ajudas de custo, sem que se conheça a sua categoria profissional, Curriculum e qualificações. Quer dizer, o João conhece, nós é que não.
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A Maria e o João são um exemplo de espírito empreendedor, assim como a "Amélia e o Tomás que trabalhavam juntos há vários anos, conheciam-se muito bem e eram cheios de talento, até lhes chamavam a dupla maravilha".
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