Silêncio
...
Essa “arma” que tanta gente a sente como tal,
Esse recanto que por vezes é o único que temos.
Esse sítio onde por vezes nos temos que refugiar,
Esse canto dentro de nós, quando tudo parece ter falhado.
A paz imposta a nós próprios, o silêncio,
Nada conseguimos dizer por dor, cansaço.
Quando as palavras não saiem sozinhas,
Saiem com lágrimas que não consegues conter.
Esse silêncio que ninguém reconhece como dor,
Esse cansaço que ainda te é cobrado.
Esse egoísmo de teres de pertencer a todos,
Essa posse que ainda te faz chorar mais.
A dor e o desânimo apoderam-se de ti,
Nada te alivia a não ser o raiar da lua.
Quando a vês, linda, uma bola transparente,
Sai-te uma lágrima, pois era aí que querias estar.
Esta é a vida que sempre disseste não ias ter,
Este é o castigo que te impõem por seres diferente.
Esta busca do amor e da partilha,
Esta é aquela que não aceitam, a verdadeira!