Magia!
Postado por
Maria Sá Carneiro
em terça-feira, 24 de março de 2009
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Queria ousar tocar-te, prender-te a mim, queria anunciar-me com pompa e circunstancia na “vida”, a tua, minha, nossa…
Queria mas… Quererei mesmo? Tantas vezes me pergunto afinal o que procuramos nós?
A ardência do momento, o porto seguro, o abraço quente?
Quando temos estabilidade, andamos exauridas na busca do tal “abraço” ardente, daquele ardor sem tino, daquela excitação que nos turva o pensamento, e nós leva a fazer “figurinhas” exaltadas no cimo de tacões, saias e mais artimanhas do nosso melhor material de “ataque”.
Não sei toda essa instabilidade que o país e o mundo em geral estão a atravessar também nos conduz a desequilíbrios, medos e angústias, que em nada contribuem para a nossa paz interior.
Vamos ouvindo algumas histórias curiosas de gente que se encontra, aliás como seguramente nós também já o fizemos, e desencontra no braço em braço, à procura de um abraço, que seja de Pai e de Mãe, do “primeiro” amor quente, de um porto seguro!
Queria voar em ti, libertar-me de mim e de todos os pesos mortos em mim, ressequidos no meu coração, cortar com a nostalgia de um passado só e triste, que preservo orgulhosamente apenas em mim, com medo de ti.
Agarrada à morte e à dor, abafada na falta de ar que vi a morte torturar e roubar-me, aí me deixei estacionar, nessa apatia com gargalhas soltas para enganar o presente, mas abafada pelo cheiro da morte.
Histórias é o que sei contar, ar sério, pose divertida, a ti me confesso, folha branca de papel….Irritas-me pela tua candura, ligeireza, por acaso sabes o que me dói escrever?
Ris e sorris, pensas que tudo é evolução, pasmas perante a minha franqueza, mas que sabes tu das minhas fraquezas?
Sabes o que afirmas de mim em ti, mas saberás quantas vezes chamo a morte, pelo pavor da vida? Sabes o quanto nego o amor puro, embrulhada na minha própria maldade, na minha cobardia baixa, de te dizer:
Eu não consigo ser essa que te mostrei na caderneta dourada e amada por todos.
Eu sou apenas alguém que não se deixa amar!
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